terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Minha linha do equador


Em mãos vacilantes trouxe até mim a linha do equador e sorriu. Sorriu e me falou do imenso desmedido. Sorrindo, lá pendurei sonhos e inocências com a esperança de um amor sem chão.Ganhei tua cintura no Pão de Açúcar, tua mão no sinal. Repousei futuro. Espreguicei eternidade. Ao sabor do amor escaparam inocências, calaram sonhos. Andei mundo, andei caminhos. Vivi tuas ausências em cada desencontro. Regi silêncio num instante improviso pra fazer dor chegar aos poucos. Reguei teus espinhos. Guardei distâncias. Esperei emudecer teu coração no meu. Ao sabor do amor reencontrei tua mão vento. Recolhi nossa linha, sonhos e inocências com a certeza de um amor sem chão. E então nós. Nós, nossa casa lar. Nosso ser e estar. Nosso riso vontade. Nosso olhar mar. Além-mar. Além-mais. Nosso lugar mundo. Nosso teto céu. Amor avesso amor. Amor que se espalha em distâncias. Nosso amor relento. Do tamanho do mundo.

É nosso o nosso amor.